FUNDAÇÃO CULTURAL DO ESTADO DA BAHIA
CENTRO DE CULTURA
DE LAURO DE FREITAS
A ARTE AO ALCANCE DO POVO
Breve histórico de suas atividades
1983 a 2009
Junho’ 2010
CENTRO DE CULTURA DE LAURO DE FREITAS
APRESENTAÇÃO
A primeira parte deste histórico – especificamente desde a criação até o ano de 1998 - é a transcrição próxima da íntegra da publicação elaborada por Rosa Gonçalves (na época, coordenadora do Centro de Cultura de Lauro de Freitas) em comemoração pelos 15 anos de funcionamento do Centro, em 1998. Em seguida, a partir de 1999, os registros passam a ser fruto de pesquisa feita no arquivo morto da instituição, utilizando em especial os resumos de eventos e alguns dados do “Relatório de Atividades Desenvolvidas no CCLF – 1999 a 2006”, da gestão do então coordenador Raimundo Moreira (Maicon).
Com o receio de tornar enfadonho o registro de 100% dos eventos ocorridos neste espaço, pincelamos de cada ano – a partir de 1999 - os eventos que ganharam mais repercussão e/ou que obtiveram maior número de público.
Vale ressaltar que Lauro de Freitas é a única cidade da Região Metropolitana de Salvador contemplada por este tipo de espaço cultural.
Inúmeros artistas locais têm em sua trajetória a passagem feita por este Centro Cultural, e para muitos deles foi o palco deste Centro que sentiu os seus pés, seus anseios e a realização de seus sonhos pela primeira vez.
Apesar de eclético, em sua maioria, o perfil do público que atualmente freqüenta este Centro Cultural é de jovens oriundos da comunidade e dos bairros em seu entorno, muitos desses, alunos das escolas da rede municipal e estadual e rede privada, na buscam do lazer e da cultura, quando não gratuita, com preço acessível.
Nos últimos anos, alguns eventos vêm ocorrendo sistematicamente, atribuindo visibilidade específica para a linguagem relacionada, a exemplo do Festival Ipitanga de Teatro (FIT), e do Circuito Popular de Cinema e Vídeo, assim como as oficinas de teatro, dança e outras linguagens artísticas realizadas periodicamente que trazem o público à procura de inscrições e sonhos. Algumas datas têm sido particularmente comemoradas como o Dia da Consciência Negra, Dia do Folclore, e Dia da Mulher.
Com 27 anos de fundado o Centro de Cultura de Lauro de Freitas já teve à frente de sua liderança 07 coordenadores:
- Valéria Vaz (18/08/1983 a 07/08/1987)
- Geraldo Duarte (08/08/1987 a 19/12/1987)
- Emanoel Paranhos (20/12/1987 a 31/07/1992)
- Jairo Santos (01/08/1992 a 14/03/1994)
- Rosa Gonçalves (15/03/1994 a 08/1999)
- Raimundo Moreira (08/1999 a 06/2007)
- Hamilton Vieira (06/2007 até o momento deste documento)
BREVE HISTÓRICO (transcrição próxima da íntegra da publicação elaborada por Rosa Gonçalves, em 1998, na época, coordenadora do Centro de Cultura de Lauro de Freitas, em comemoração pelos 15 anos de funcionamento do Centro).
O Centro de Cultura de Lauro de Freitas foi criado através do Decreto Estadual n° 29.893 de 22 de setembro de 1983, com o nome de Cine-Teatro Lauro de Freitas.
Construído e inaugurado pela Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social SETRABES, que entregou a HAMESA – Habitações Melhoramentos S/A – a sua administração.
O Centro de Cultura foi criado com o objetivo de propiciar lazer, entretenimento e aperfeiçoamento cultural, ensejando o surgimento e desenvolvimento de aptidões artísticas. Assim está escrito no “Projeto Teatro nos Bairros” desenvolvido pela antiga Setrabes como uma espécie de diretriz regimental.
A inauguração do Centro de Cultura aconteceu no dia 18 de agosto de 1983, no governo de Sr. João Durval Carneiro, sendo Secretário do Trabalho o Sr. Rafael Oliveira, Presidente da HAMESA O Sr. Luiz Gonzaga do Amaral Andrade e Prefeito de Lauro de Freitas p Sr. Gerino de Souza Filho.
(...)
Concebido inicialmente para ser um Cine-teatro, ao ser inaugurado o espaço contava além do amplo auditório com 210 lugares, equipamento de som e luz, dois projetores cinematográficos de fabricação norte-americana e uma tela de cinema afixada na parede frontal à platéia.
A principal atividade desenvolvida até 1989 foi a exibição de filmes, que chegou a contar de 1988 a 1989 com o patrocínio da COPENE.
Através de um contrato de comodato celebrado entre Governo do Estado e a Prefeitura de Lauro de Freitas em 1989, o Centro de Cultura ficou por 3 anos sob a administração do Executivo Municipal e passou por uma fase de “paradeiro” de 1991 a 1992, quando já ao final do ano a Fundação Cultural resolveu retomá-lo e dar uma nova e melhor orientação administrativa.
De setembro de 1992 em diante o Centro de Cultura vem sendo direcionado para a sua verdadeira vocação que é ser um espaço de mostras e de desenvolvimento do potencial artístico-cultural da comunidade.
As importantes iniciativas orientadas pelo DECAR – Departamento de Equipamentos Culturais e Ações Regionais – setor da Fundação Cultural responsável pelo Centro; a presença constante de professores de diversas linguagens artísticas e o apoio da comunidade vem revitalizando e fortalecendo cada vez mais o Centro de Cultura. (...)
O objetivo principal do Centro de Cultura, definido pela Fundação Cultural do Estado, é ser um espaço de desenvolvimento do potencial artístico-cultural da comunidade, aberto a utilização pelas associações e igrejas, permanentemente disponível para mostras de teatro, dança e shows musicais de grupos e artistas de outros municípios.
A clientela principal do Centro de Cultura é a comunidade de Lauro de Freitas. Assim a grande maioria do público freqüentador tem sido de moradores das ruas e condomínios do centro do município, de Itinga, Portão, Vila Praiana, Caji, Praia de Ipitanga, Araquí e Pitangueiras. Nos recentes anos tem crescido a presença de moradores de Vilas do Atlântico, São Cristóvão e Itapoã.
De 1992 em diante o Centro de Cultura passou a vivenciar uma nova fase de atuação, mesmo mantendo-se aberto na aceitação da utilização de seus espaços por associações e igrejas, a ênfase maior passou a ser o desenvolvimento de ações voltadas para a vocação natural de ser um espaço de arte e cultura, Assim, (...) realizou dezenas de oficinas de teatro, dança e artes plásticas, e organizou e produziu vários eventos culturais, recebeu dezenas de grupos musicais, de teatro e dança de vários estados do Brasil. (...)
FATOS IMPORTANTES
Atenção: para os relatos documentados até o ano de 1998, a pesquisa continuou sendo retirada do conteúdo e estrutura do documento já citado, elaborado e coordenado pela equipe de Rosa Gonçalves.
1983
• Inauguração dia 18 de agosto;
• Início do funcionamento do cinema, foram exibidos 11 títulos em 61 sessões;
• I Festival de Música de Lauro de Freitas
• I Noite dos Poetas
1984
• Programação de cinema com exibição de 36 filmes em 171 sessões;
• Shows com Zelito Miranda, Batatinha, Claudete Macedo e Tia Arilma;
• Primeiras oficinas de arte;
• II Noite dos Poetas;
• Firmado convênio entre a SETRABES – através da HAMESA – e a Prefeitura de Lauro de Freitas, para funcionamento do Cine-teatro;
1985
• Seminário sobre Movimento Modernista;
• II Festival de Música de Lauro de Freitas;
• III Noite dos Poetas;
• Peças teatrais a partir de resultados de oficinas;
• Show com Zelito Miranda.
1986
• Show com o cantor Ederaldo Gentil;
• III Festival de Música de Lauro de Freitas;
• Espetáculo da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
1987 # (ano de transição de coordenação)
• Programação sem nenhum destaque especial, basicamente aconteceram somente pequenas reuniões
• ( ... )
1988 # (ano de transição de coordenação)
• Fica fechado até 5 de novembro de 1988, quando ao passar por uma reforma é reaberto ao público;
• Shows com Batatinha, Riachão, Trio de Cordas da Fundação Cultural do Estado, maestro Keiller Rêgo e Lazzo Matumbi.
• Reinício da programação de cinema, com apoio da COPENE através da Lei Sarney;
• Com a extinção da HAMESA o Centro passa a ser um equipamento da Fundação Cultural do Estado, ficando ligado portanto à Secretaria de Cultura do Estado.
1989
• Shows com Margareth Menezes, Roberto Mendes e Gerônimo.
• Peça teatral”Apenas Bons Amigos” com o ator Jackson Costa e direção de Deolindo Checcuci.
1990
• Espetáculo de Dança com o Ballet do Teatro Castro Alves;
• Firmado Convênio entre a Secretaria de Cultura do Estado e a Prefeitura de Lauro de Freitas para a administração do Centro;
• O grande número de ocupação do espaço deve-se principalmente a realização de reuniões pela Prefeitura;
• Transferida a Coordenação de Cultura da Prefeitura para as dependências do Cine-Teatro o que dificulta o funcionamento do mesmo.
1991
• Nova paralisação nas atividades do Cine-Teatro (...)
1992 # (ano de transição de coordenação)
• Fica de portas fechadas até o mês de setembro quando a Fundação Cultural encerra o contrato de comodato com a Prefeitura de Lauro de Freitas;
• As portas do Centro foram reabertas à população, ao mesmo tempo em
• que era feito um levantamento da situação de abandono e depredação em que se encontrava o espaço.
1993
• Reinício das atividades (...) após reforma (...)
• IV Festival Pua: teatro, dança. Música e poesia;
• I FIAPO – Feira Itinerante de Arte Popular;
• Início das oficinas de arte;
• Programação de cinema;
• Destaque para o espetáculo infantil “Lá no fim do arco-iris”;
• Passa a ter a denominação de Centro de Cultura de Lauro de Freitas.
1994 # (ano de transição de coordenação)
• V Festival Pua: teatro, música, dança e poesia;
• II FIAPO Feira Itinerante de Arte Popular;
• I Encontro de Cultura do Litoral Norte e RMS;
• Destaque para as diversas oficinas, em especial a de Artes Plásticas com o artista Justino Marinho.
1995
• Shows com o violonista Ednaldo Queiroz, e o cantor Xangai;
• I e II Noite da Poesia reunindo poetas da RMS;
• II Encontro de Cultura do L.Norte e RMS com participação de artistas, produtores e dirigentes culturais de dez municípios;
• Espetáculos de dança promovidos em parceria com a Escola de Dança da Ufba: Dançar é..., Endança, grupo de Brasília e Cia Mistérios e Novidades, de São Paulo;
• Espetáculo do dançarino e coreógrafo Armando Pekeno;
• Exposição de Teatro de Bonecos da artista Denise Santos;
• Presépio Natalino construído com material reciclado e papel machê;
• O Catavento. Cia de Teatro de Bonecos do Estado do Espírito Santo;
• As Virgens Violentadas. Peça teatral com direção de Antonia Adorno;
• Semana do Folclore;
• Oficinas de Arte, promovidas em parceria com o Movimento Cultural Pua, Decar/Funceb;
• Festa de entrega do V Troféu Pua, com show do cantor Xangai;
1996
• Projeto Teatro em Cena do Movimento Cultural Pua (...);
• Seminário do Censo Cultural (...);
• VI Festival Pua com participação de vários estados (...);
• Relações Virtuais. Peça teatral com direção de Elísio Melo.
1997
• Show comemorativo dos 25 anos do grupo Quinteto Violado;
• Presépio Natalino construído com material reciclado e papel machê;
• Apresentação da “Camerata da Orquestra Sinfônica do TCA”; (...);
• Show com a “Banda de Pífanos de Bendegó” (...);
• Realização de 3 shows de calouros;
• Oficinas de Arte, Projeto Viver com Arte da Diretoria de Música e Artes Cênicas da FUNCEB;
• Curso de Interpretação para propaganda na TV com a atriz Rada Zaverutcha;
• Inauguração da Biblioteca com um acervo de 1.500 livros de poesia, teatro, arte, literatura e literatura infantil (...);
1998
• Show com o cantor e compositor edil Pacheco;
• Show com a cantora evangélica Marinês;
• Navalha na carne. Peça teatral;
• Programa de férias: oficina de teatro dança, artes plásticas, (...)
• Oficinas de teatro com Fernando Neves – DECAR/Funceb;
• Oficina de dança para crianças com Ednalva Marques-DIMAC;
• Oficina de dança para adolescentes e adultos com Silvia Rita – DECAR/Funceb;
• Oficina de teatro com Marcos Machado- DIMAC/Funceb;
• Oficina de dança contemporânea com Nadir Nóbrega-DIMAC/Funceb.
Para darmos continuidade a este documento, a partir de 1999, além de pesquisas feitas no arquivo morto, principalmente utilizando os dados presentes nos resumos de eventos, utilizamos também parte do documento “Relatório de Atividades Desenvolvidas no CCLF – 1999 a 2006”, elaborado na gestão do então coordenador Raimundo Moreira (Maicon).
1999 # (ano de transição de coordenação)
Apesar deste ano marcar o número de 15.436 de público geral, precisamos registrar que os eventos ocorridos foram na sua grande maioria atrelados às apresentações de escolas, igrejas evangélicas e espíritas, reuniões da Avon e Hermes. Entre os eventos estão desfiles, exibição de documentários, encontro de fã clube, apresentações musicais e teatrais evangélicas, lançamento de livro, e convenção de partido. O Conselho Estadual de Entorpecente promoveu a peça “O grande barato é viver” com um público acima de 1000 pessoas e a Secretaria de Governo promoveu um encontro de corais. Estes eventos trouxeram a grande parte de público registrada.
Os eventos culturais deste ano foram;
• Show musical “A Palo Seco” com direção de Adilmar Coelho;
• Show musical “Só não deixe de sambar” de Edízio Patriota;
• A peça “Livros na mão, drogas não” – direção Jin Hiti Harada;
• A peça “O mistério da mansão” produzido por Francisco de Assis da Silva.
2000
Neste ano 30 eventos foram realizados no CCLF, totalizando um público de 14.753 pessoas. Incluído nesse número está o público de 2.500 pessoas que buscava a biblioteca do Centro para leitura, empréstimo e pesquisa, contando com um acervo de aproximadamente 3.000 títulos. A AVON reunia-se mensalmente neste espaço.
Podemos citar alguns eventos ocorridos neste período, a exemplo:
• Apresentação do quarteto “Cantares”, atividade de responsabilidade da própria FUNCEB;
• Apresentação de dança - “Bridge” Uma ponte para o além - do diretor Nivaldo Nery (Duzinho);
• Comemoração da Morte de Cristo direção de Lázaro Maia.
O CCLF contou com a realização do “Expresso das Artes” Projeto da Fundação Cultural do Estado da Bahia que lidava com os diversos segmentos da arte:
• Oficina de dança
• Oficina de música
• Oficina de teatro
• Oficina de artes plásticas
Ainda havia as oficinas regulares que já ocorriam anualmente, a exemplo da de artesanato, redação, violão e dança para crianças. Essas oficinas tinham sua culminância no final do ano com suas respectivas apresentações.
2001
Neste ano o público geral foi menor, com 11.534. Inserido neste número estão os usuários da biblioteca com 2.459 pessoas. A AVON continuava a se reunir no Centro e 03 oficinas estavam em andamento: oficina de violão, de teatro e de redação.
Entre outros citamos:
• Apresentação do Ballet EBATECA;
• Peça infantil “Narizinho no mar da imaginação” direção de Hirton Júnior;
• Projeto de Formação do grupo de dança de Lauro de Freitas com a direção de Fátima Daltro.
2002
Com o público de 13.484, contendo 2.886 usuários da biblioteca, o CCLF apresentou espetáculos como:
• II Festival infantil de Dança Criança com direção de Luzinete Pedreira;
• A Apresentação da EBATECA de Vilas;
• Espetáculo teatral “Controvérsias” de Nivaldo Nery (Duzinho);
• “A Serpente” com direção de Michele Soter;
• O Espetáculo “O Vôo da Asa Branca” de Deolindo Checcucci
A AVON continuava a utilizar o espaço para suas reuniões, pagando a devida taxa, e 04 oficinas foram desenvolvidas: Violão, Arte Integrada, Redação e Teatro.
2003
Este ano o CCLF esteve num bom momento trazendo para cá um total de 19.043 pessoas, entre públicos e usuários da biblioteca (1.311);
Realizou-se juntamente com a “Entidade Cultural Talentos da Terra“ o Show de Calouros, elaborado em três etapas, tendo como objetivo principal a descoberta dos talentos musicais da comunidade. O show de calouros foi o projeto mais intenso e mais marcante do período em que “Maicon” esteve na coordenação do CCLF.
Quatro (04) oficinas foram desenvolvidas neste ano: violão, teatro, dança do ventre e dança afro.
Em setembro criou-se o “Projeto de revitalização da Sala de Leitura”, visto que a Fundação Cultural teria repassado para a Fundação Pedro Calmon o controle de todas as bibliotecas a ela atreladas. Nesse caso, o setor existente aqui no CCLF, por ter um porte menor em relação às grandes bibliotecas, a exemplo da Biblioteca Central do Estado, ganhou a momenclatura de Sala de Leitura, podendo portanto continuar funcionando no Centro. A intenção era tornar esse espaço, dedicado à leitura e à pesquisa, na condição de um organismo vivo e dinâmico, integrado ao momento.
Entre os 32 eventos ocorridos aqui vão o destaque para:
• Show de Calouros – Talentos da Terra;
• III Festival de Dança Criança com Luzinete Pedreira na direção;
E alguns eventos faziam parte do Projeto Circulação Cultural, a exemplo:
• Peça teatral “Psicose”
• Peça teatral “Crimes delicados”
• Peça teatral “Amor, Estranho Amor”;
• Peça teatral “A Festa dos Bichos”
• Espetáculo de dança “Painel coreográfico”.
2004
O total de público neste ano foi de 11.576. Na sala de leitura contamos com 404 freqüentadores, já contabilizados no público geral. As oficinas continuavam: violão, teatro e dança. De 28 eventos podemos dar destaque as peças teatrais:
• “A Abelha em Defesa da Natureza”;
• “Trópicus”;
• “A Natureza pede Socorro”;
• “A Festa dos Bichos”;
• E o Show musical “Aldeia” com Carlinhos Cor da Águas..
2005
Funcionou o PRAC (Projeto de Revitalização de Arte e Cultura) criado com o apoio do governo do estado para revitalizar a cultura local. Funcionava como um projeto mãe dos seguintes subprojetos: show de calouros, festival de dança, festival de teatro de bonecos.
Na intenção de melhor estruturar e dar transparência ao projeto contou-se com a participação de:
Charles Nobre – Produtor de marketing
Márcio Wesley - Jornarlista
Nivaldo Nery (Duzinho) – Diretor teatral
Paulo Silva – Radialista e jornalista da TV Aratu
Rita Miranda – Artista plástica
Lisana Carneiro – Produtora cultural
Jaldo Lopes – Músico
Para o Festival de dança e o show de calouros era necessário haver uma pré-seleção e apresentações em etapas para controlar o número de participantes e a qualidade das apresentações, visto que a demanda era muito intensa.
Aqui estão registrados alguns dos muitos grupos participantes do PRAC:
• Corpo de Baile Art Compani, As Cia de dança Incensatez, Feita por Nós, Evoluart, Pirâmide, Mix Sedução, Ritmos e Dança, Fogo Baiano, Mult Cores, Deusas do Egito, Sensuart, Rebolart, Bambolê Balanço - os Grupo KY Swing, Garotas da Terra, Garotos e Cia, Dança Samba Dance, Sexy Dance, Sedução Baiana, e ainda Os Atrevidos, Oz Danados, entre outros...
O público também brilhou durante todo o projeto comparecendo na totalidade de capacidade do espaço. Em média 2.587 pessoas. Durante todo o ano 11.249 pessoas tiveram acesso a este espaço cultural. As oficinas desenvolvidas foram a de violão, de dança contemporânea, de capoeira e teatro de bonecos. Foi um ano bem movimentado no CCLF. Ainda podemos citar alguns espetáculos teatrais:
• “Raul Seixas, A Metamorfose Ambulante”;
• “Minha Terra, Minha Gente”;
• ”Pretas Por Ter”;
• “Quem não morre, não vê Deus”;
• E o Projeto música, arte e poesia.
2006
Começou a ser criado o PROJETO ARTE VIVA que tinha como objetivo fortalecer a cultura local, gerar núcleos artísticos e contribuir para a formação de platéia. Propondo inclusive o cadastro dos artistas da cidade.
A FUNCEB entraria com a liberação da taxa mínima, e a partir daí os artistas e grupos artísticos interessados passariam a pagar apenas 5% da bilheteria, e com a desobrigação do valor mínimo do ingresso em R$ 5,00, além do apoio na divulgação com a impressão de cartazes, folhetos etc., e o encaminhamento de técnicos para a realização de oficinas diversas.
Neste ano o público geral foi de 13.326. As oficinas desenvolvidas foram a de Violão, Dança contemporânea, Capoeira e Expressão corporal. E ainda tivemos dentre os eventos ocorridos as peças:
• “Pretas Por Ter”;
• “As Bondosas”;
• E o Projeto Arte Viva com apresentações de dança.
E continuando a ser fiel ao relatório de base das atividades nos anos de 1999 a 2006, elaborado na gestão de Maicon, essas foram as principais melhorias ocorridas no espaço do CCLF.
• Colocação do forro do teto da sala de leitura. (no 1º andar) (2 vezes)
• Aquisição de frigobar, fogão à gás, cofre, escada de 6m e uma de 3m, computador, 06 ventiladores de teto, bebedouro, aparelho de DVD, mais uma linha telefônica, e a instalação de um Orelhão;
• Reforço na iluminação com uma mesa de 36 canais, um rack de 12 canais, 06 refletores PC, 12 refletores pares...;
• Locação de aparelhagem de som;
• Solicitação efetiva de instalação da internet;
• Pintura externa (2 vezes) e interna na sala de leitura, do piso do sob solo, do foyer, e no palco, esta última feita através de parceria, e nas paredes do sub solo e no auditório com a ajuda da Funceb (mão de obra) e a parceria do colégio com a tinta;
• Reforma dos banheiros;
• Pavimentação do piso esterno que serve de estacionamento;
• Colocação de uma malha (12X10m) no teto do palco onde não havia mais placas, uma cortina (08X14m) de cetim, também no palco, pernas (05X04m) para a coxia, do mesmo material, através da parceria com o Colégio Perfil;
• Reparos e trocas em 06 braços e 24 encostos nas cadeiras do auditório com a parceria do Colégio Perfil;
2007 # (ano de transição de coordenação)
Em junho deste ano uma nova coordenação entra no CCLF, na pessoa do jornalista Hamilton Vieira. Sendo 06 meses com cada coordenador. E esse é o quantitativo de eventos, com o total de 12.050 de público.
Apresentações Público
Teatro 56 7.498
Dança 09 1655
Música 11 1.493
Cinema 09 380
Outros 18 1.024
Vale ressaltar entre as apresentações teatrais as peças do Festival de Ipitanga que trouxeram um público de 1.547 em 16 dias de apresentações.
E podemos destacar ainda:
• A peça Vixe Maria, deus e o diabo na Bahia;
• A peça Eternas Cantigas de Roda, na direção de Gilberto Filho;
• Mostra da oficina na direção de Antônia Adorno;
• Lea, Cléia e Azaléia, direção de Roberto Ribeiro;
• Teatro de Bonecos, produzido desde a elaboração do material até a apresentação no próprio Centro de Cultura.
E tantas outras que encantaram o público local.
2008
Com um público total de 7.182, foi um período bastante rico em eventos, e teve como destaque a reapresentação com sucesso da peça Lea. Cléia e Azaléia que arrebatou o riso de aproximadamente 900 pessoas numa temporada de apresentações. Outras também merecem destaque:
• O Sapato do meu tio, direção de João Lima;
• A casa dos sete demônios, na direção de Edson Oliva;
• Da ponta da língua à ponta do pé com direção de Andréa Amado/Vila dança;
• Projeto Arte e Música com direção de Antonieta P. dos Santos;
• Show de talentos na direção de Thereza Gordilho;
• Espetáculo de dança de Amanda Rosa Dias;
• Novembro de Ébano com a direção do coordenador Hamilton Vieira;
Resumindo:
Apresentações Público
Teatro 36 4.624
Dança 05 1.268
Música 07 860
Outros 07 430
Neste ano foi feita uma reforma no forro do CCLF, quando se trocou todas as placas e se pintou toda a estrutura de ferro que as sustentam. Foi pintado também, com verba de adiantamento e mão de obra da FUNCEB, o teto do palco e a sala que neste momento é usada com a coordenação.
2009
Ano em que as exibições de vídeos curta metragem passaram a ser rotina semanal, em especial no dia 28 de outubro dedicado à comemoração do Dia Internacional do Cinema de Animação, e com o Festival 05 minutos quando foram exibidos entre 17 e 20 de novembro diversos curtas metragem para serem votados.
Contudo a maioria do público veio ao CCLF para assistir às diversas peças teatrais aqui encenadas. Abaixo segue o quantitativo dos eventos e do público relativos ao ano de 2009:
Apresentações Público
Teatro 68 4652
Dança 07 2257
Música 09 712
Cinema 15 849
Outros 01 200
Formando um total de 8.670 pessoas na platéia.
Em destaque, dentre tantos outros, os seguintes eventos:
• A hora do conto de Gilberto Filho;
• Mostra da oficina de teatro de Lena Franco;
• A peça Pó Compacto de Renato Lima com muito apoio do CCLF;
• A magia da amizade com a direção de Tarcísio Tavares;
• O rei do lixo na direção de Luiz Navarro;
• Os filmes A Marvada Carne e o Homem Nu;
• Tributo à Tude Celestino com a direção de Justina Maria Lima Souza;
• A peça emperrada na direção de Roberto Carlos Rodrigues;
• A apresentação do Coral Intermezzo;
• O filme “Bicho de Sete Cabeças” com Rodrigo Santoro;
• Prisioneiro do além de Roberto Carlos Rodrigues.
• E ainda a reapresentação de Lea, Cléia e Azaléia.
No final de 2009, ainda na gestão de Hamilton Vieira, a sala de leitura existente no CCLF que funcionava com um acervo de mais de 3.000 títulos doados começou a ser desativado, e em janeiro de 2010 todos os títulos foram encaminhados à outra biblioteca em Salvador.
Registros relevantes
• Durante toda a existência do Cine-teatro de Lauro de Freitas, antes e após a implantação do Centro de Cultura, este espaço é buscado por escolas, especialmente as municipais, e outras instituições: religiosas, partidárias de saúde etc. para apresentações de atividades diversificadas: culminâncias de projetos, finalização de ano letivo, projeção de documentários, desfiles, entre outras.
• Desde no ano de 1999 acontece na Praça da Matriz, ao ar livre, a encenação da Paixão de Cristo. Inicialmente o espetáculo era ligado ao Centro Comunitário da Igreja Católica e era uma apresentação de menor porte. Ano a ano foi se tornando uma encenação madura e hoje é um marco da cidade que conta com a participação de um grande número de atores e figurantes, um figuro bem caracterizado, um cenário impressionante, a garantia de um público considerável e a direção de Nivaldo Nery (Duzinho). O espetáculo conta com vários apoios, incluindo o da Prefeitura Municipal e do Centro de Cultura, este último, deixando à disposição parte das instalações para os ensaios de dança e os camarins para os dias das apresentações.
2010 – Ano em que elaboramos e divulgamos este documento que é uma prova de que a cultura precisa continuar ativa em toda sua dimensão, para assim a nossa existência tornar-se mais colorida e complexa.
CONCLUSÃO
O presente documento foi iniciado a partir de um outro já existente, elaborado pela ex-coordenadora Rosa Gonçalves, em homenagem à passagem do aniversário de 15 anos de funcionamento do Centro de Cultura, no qual constam as atividades desde sua inauguração em 1982 até 1998, ano anterior a sua substituição pelo coordenador que a sucedeu. Outras informações foram encontradas em um relatório de 1999 a 2006, feito na gestão de Raimundo Moreira. A partir daí, para dar continuidade ao trabalho, foi feita uma pesquisa nas pastas do arquivo morto da instituição, de onde foram retiradas informações complementares e novas, a serem catalogadas a partir do ano 1999 até 2009.
Ainda que este registro não tenha sido feito em minúcias, sob o risco de se tornar enfadonho, é imprescindível para a permanência da memória dos fatos artísticos ocorridos. E este documento antes de qualquer coisa foi concebido para este fim: documentar, sintetizando em algumas páginas, vinte e seis (26) anos de atuação deste espaço simples, ora necessitado de uma boa e urgente reforma, mas que nem por isso deixa de encantar, oferecendo lazer, entretenimento e conhecimento através das linguagens artísticas culturais.
A cultura, essa áurea social que eleva os nossos espíritos às sensações mais sublimes, através de suas diferentes linguagens que se completam, precisa de espaços como o do Centro de Cultura para se materializar. Temos, portanto, que ficar tanto na torcida quanto em campo viabilizando esses acontecimentos culturais.
DEPOIMENTOS
“Sobre o Centro, posso dizer que é o meu ninho, onde iniciei a minha caminhada como artista. Sinto-me orgulhoso em ser filho desta casa que me ensina dia a dia como labutar na vida do teatro, quando sonhamos com os pés no chão”.
Duzinho Nery (ator e diretor teatral)
“Descobri o teatro aqui neste cine-teatro no ano de 2000. Foi aqui onde conheci a arte de interpretar. Hoje sou um ator em busca do aprimoramento, mas nunca vou esquecer minha origem”.
Renato Lima (ator)
“Foi gratificante colaborar na continuação do registro da memória do Centro de Cultura. Mais satisfeita ainda fico em saber que faço parte dessa Casa de Cultura e por ter a oportunidade de ver acontecer eventos que promovem a felicidade e a realização de quem os promovem e de quem os assistem”.
Rilma Lessa (funcionária)
“Minha ligação com o Centro de Cultura vai além da profissional (iluminador), pois está também vinculada à minha atuação artística como ator e artista plástico. Este espaço é o palco da minha vida, do meu desempenho como cidadão e pessoa”.
Venicio Coelho (ator e funcionário)
“Aos 12 anos já estava no palco do Cine-Teatro de Lauro de Freitas, era um mero adolescente curioso, hoje sou a personificação do amor pela arte de interpretar. As dificuldades, inclua-se aí a falta de recursos financeiros, não foram fortes bastante para me fazer desistir, pelo contrário, esta teatro sempre me verá”.
Roberto Sheyps (ator)
“Ser gestor de um Centro Cultural para mim, mais do que um desafio, é uma missão, porque através de minha atuação posso contribuir para o fomento da cultura da cidade, alcançando crianças, jovens e adultos. Acredito na educação e na cultura como elementos de transformação das sociedades. O povo que tem acesso à educação e cultura tem condição de ser mais sensível e humanizado, contribuindo para a cultura da paz, que o mundo precisa”.
Hamilton Vieira
(Coordenador do C. de Cultura de Lauro de Freitas).
EQUIPE DO CENTRO DE CULTURA DE LAURO DE FREITAS
Junho de 2010
Coordenador: Hamilton de Jesus Vieira
Assistente: Eliene Pitanga
Técnicos da FUNCEB Ceres das Graças M. Rocha (colaboração)
Edna Maria Santos (colaboração)
Maria Raimunda Barroso (colaboração)
Rilma Lessa (pesquisa e digitação)
Sandra Damasceno (colaboração)
Tânia Lúcia Falcão (colaboração)
Técnicos de som e luz Rosângela Gonçalves (som)
Sueli Bandeira (bilheteria)
Venício Coelho (iluminação)
Apoio: Ângela Maria Borges
Vera Souza
CONTATOS:
Telefones: 3288-8350 / 3288-8351
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